CINEMA - De Padre Junio, Para Junio

Padres, apesar de sacerdotes de uma grande religião cristã - provavelmente a mais popular nos dois últimos milênios -, e de também serem instrumentos muito importantes de evangelização de milhões de indivíduos, são também personagens conhecidos e curiosos da cultura mudial. Bastante retratados em livros, novelas, e no cinema, mas ainda sim, quando se trata pincipalmente dos católicos, tem muitas das vezes, a sua imagem e seu significado mal interpretados. Acontece que muitos esquecem que ser padre, independente do que eles mesmos entitulam de "chamado", é uma escolha. Há muitos que desistem quando ainda se encontram no seminário, e tantos outros que abdicam da "vida santa" já quando tem anos de missão. E por ser um escolha, é o que os define como humanos, como todos nós. Um homem com desejos, gostos, manias, defeitos, e principalmente, pecados. Mas apesar disso, muitos colocam sua missões em primeiro lugar, seguindo com bastante sacrifício seus compromissos com sua fé, e a humanidade. Mas infelizmente a maioria esquece que padre também sente sono, fome, fica doente, tem necessidades, principalmente sofre com a falta de recursos financeiros. Pois rica é a igreja católica, e muitos por conta do sistema de algumas dioceses, acabam passando muitas necessidades, mesmo com os cofres cheios, de suas administrações. E foi observando essa triste realidade, que eu, Rômulo, roteirista e diretor do filme De Padre Junio, Para Junio - uma conversa franca, decidiu contar esse lado da história de um personagem tão curioso, e ao meso tempo tão injustiçado e mal compreendido pela sociedade, e principalmente por seus seguidores. 

E foi a partir de um trabalho anterior com mídia social, que faz parte desse projeto, que a vontade de contar essa história através do Padre Junio, alagoano e padre diocesano de Eunápolis, sul da Bahia, cresceu. Um homem, antes de um sacerdote, e também um artista, que abdicou de seus sonhos e planos, para seguir um "chamado maior" - palavras suas - e dedicar toda a sua vida para o seu compromisso com sua crença, e a sociedade. Um jovem, um homem, um filho, um irmão, amigo... antes de um religioso, viveu, e ainda vive todos os substantivos que a maioria dos homens exercem por apenas existirem. E é esse lado que venho revelar nesse documentário sobre sua vida, com depoimentos de pessoas que participaram e participam dela, com objeivo maior de humanizar esse, e muitos outros que são considerados homens santos. Assim como mais de um ano de registros, acompanhando a sua jornada dia a dia em cidades no sul da Bahia, principalmente. De Padre Junio, Para Junio é como o título diz, uma conversa franca entre o sacerdote Padre Junio, com o Junio homem, sobre como é a vida presente de um religioso. Se há arrependimentos, as situações que enfrenta - e que provavelmente esperava não enfrentar -, mas também sobre muitas alegrias, carinho e amor de todas as pessoas, e seus paroquianos, por onde passa. Hoje, administrador paroquial em Porto Seguro, no sul da Bahia, é um dos religiosos que fazem da costa do descobrimento, lugar onde foi realizada a primeira missa do Brasil há mais de 500 anos, uma cultura religiosa forte, princiapalmente em volta aos festejos de padroeiros, não só os de sua paróquia e comunidades, mas também dos seus colegas, que sempre o escolhem para celebrar missas em seus novenários, por ter uma celebração bastante cativante.  

De Padre Junio, Para Junio, o filme, em documentário, estréia dia 21 de abril, e por aqui, e no perfil no instagram dedicado ao projeto @_padrejunio você acompanhará todas as novidades sobre esse lindo projeto. Por enquanto, fiquem com esse aperitivo no trailer feito para anunciar esse grande filme, com roteiro e direção de Rômulo, feito pela produtora O Diretor, e comercial pela marca Dominique Romeu. Com apoio financeiro do Governo Federal, e de alguns amigos e paroquianos. 

Um esclarecimeto, apesar das observações e a motivação da produção desse filme, terem sido partes por conta de sentimentos pessoais do roteirista e diretor do filme, com suas opiniões e visões sobre o que via da realidade de um padre, o filme não tem objetivo algum direto com crítica a igreja católica, aos padres, tão pouco especificamenite a Diocese de Eunápolis, da qual Padre Junio faz parte. Pelo contrário, apesar do roteirista e diretor não ser católico, o objetivo principal desse filme é contar uma história emocionante de uma linda missão, de um homem que enfrenta até hoje muito obstáculos para seguir com sua missão de ser quem é, mesmo sem nenhuma obrigação. Poderia ser um pastor, um pai de santo, ou um monje, de qualquer região, mas foi com a história de Padre Junio, que esse diretor se sentiu tocado, e com vontade de contar e levar ao mundo. Mais do que uma história sobre um padre, é uma história sobree  pessoas, sobre a vida, e sobre uma comunidade unida, em voltta de um mesmo interesse. 

dominiqueromeu@gmail.com