CULTURA - OS SETE MOTIVOS PARA CONHECER EVELYN HUGO

NOTA: Esse texto é uma análise reflexiva sobre a mensagem do livro. Não necessariamente uma crítica, ou mesmo uma resenha. Logo, o texto contém spoliers. Caso tenha intenção de ler o livro e queira ser surpeendido (a) como eu, volte depois para ler minha opinião.

Não sou muito fã de romances, nem na literatura, nem no cinema, ainda mais títulos que parecem mais com títulos de livretos que se compra em bancas de revista ou caixas de farmácias, como Os Sete Maridos De Evelyn Hugo. A ilustração da capa então, é algo que também me freia, e confesso que tudo isso pode soar preconceituoso, e limitante, até porque um dos ditados mais clichês quando se trata de livros, é que não devemos julgar pela capa. E já nem me lembro o que foi que me levou a vencer a resistência, e começar a ler esse romance aclamado popularmente até os dias atuais, aida na lista dos mais vendidos aqui no Brasil e fora do país, mesmo ele tendo sido publicado em 2017. Mas quando comecei, ocorreu um fenômeno raro entre meus hábitos de leitura, que ao me dar conta, já havia lido 1/3 da obra sem parar. Apesar de alguns diálogos meio novelescos, algumas histórias e situaçãoes de personagens, principalmente do universo de Hollywood serem tão "mexicanas", o romance de Taylor Jenkins Reid, publicado no Brasil pela editora Paralela, é uma história que surpreende, principalmente com seu desfecho, e que consegue nos manter presos na leitura, mesmo os leitores mais exigentes com a escrita, e o conteúdo.

Me garanto até em comparar com a história de O Diabo Veste Prada (versão cinematográfica), mas no sentido de lições que você pode tirar, principalmete no que diz respeito a sobrevivência de qualquer um de nós não só no sentido amplo da vida, mas principalmente no quesito trabalho, ambições, competições, fama e sucesso. Uma história que parece tão boba pelo glamour clichê que apresenta, mas com uma mensagem bastante inteligente sobre a vida, em seu desfecho. 

Tenho que admitir que depois um capítulo atrás do outro, por mais interessante que a história da protagonista possa parecer, em um determinado momemento você fica mais preso pela curiosidade em saber da sequência de feitos de Evelyn, do que de fato uma possível emoção e originalidade que o enredo possa proporcionar. Até porque o ritmo em que você conhece mais sobre a vida de Evelyn Hugo, é um ritmo bom. Sem muita encheção de história, mas também sem atropelar as coisas. Afinal de contas, além dos eventos aleatórios, a história de Evelyn Hugo tem sobretudo, sete casamentos para ilustrar.

Os Sete Maridos De Evelyn Hugo conta a história de uma celebre atriz de Hollywood, famosa por seus filmes clássicos e polêmicos, mas tamném, ou principalmente, por sua vida escandalosa. Algo que você fica sabendo logo nas primeiras páginas, o que torna a história mais interessante, porque mesmo se esbarrando às vezes em uma novela cheia de clichês, desmistifica e destrói varias conceitos plásticos e artficiais em uma das personagens principais, já que Evelyn divide, ou pelo menos deveria dividir um pouco desse protagoinsmo com a jornalista Monique, que foi "contratada" para ouvir a sua hisória. Evelyn começa revelando aquele que virá a ser - pelo menos ao grande público do contexto de sua história - um dos maiores segredos de sua vida hollywoodiana, com a promessa de contar cada vez mais os bastidores de sua trajetória e vida polêmica. 

A narrativa falha algumas vezes quando tenta inserir um drama que interesse ao leitor a cerca da vida de Monique, mas mesmo assim não narra como o mesmo entusiasmo do que a da história da protagonista. Uma grande falha, já que no desfecho, percebemos que ambas são tão parecidas profundamente quanto possa dar a entender no que é revelado de modo raso. 

A PARTIR DAQUI CONTÉM SPOLIERS

Monique aparentemente está ali, porque foi uma exigência de Evelyn, dar uma entrevista para a revista que trabalhava. Mas logo no inicio desse processo, Evelyn deixa claro que há um motivo por de trás de sua exigêcia, o que ela deixa claro que revelará  apenas no final daquela entrevista onde contará todas sua histórias, sem limitações, para que Monique escreva sua biografia, e não uma matéria para a revista, como repórter, onde ela e sua editora esperavam. É a partir daí que se nota a importância da jornalista, mas que infelizmente não tem o destaque que deveria no desenrolar do livro, já que no final do romance, você entende que de fato ela é muito importante para Evelyn, e importante de um modo que não é imaginado, já que acredito que assim como eu, a maioria que leu ou vair a ler, acreditará que Monique pode ser uma possível filha de Evelyn, um dos inúmeros segredo de seu passado. 

Pulando de toda essa introdução para o final, e aqui eu quero esclarecer que esse texto não se trata de uma resenha, mas de uma crítica e reflexão sobre o que considero a mensagem principal do livro, Evenlyn Hugo revela a Monique que o motivo dela estar ali como a preferência dela para ouvir e escrever sobre sua história está ligada diretamente com um segedo um tanto criminoso. É quando somos surpreendidos com a verdadeira relação entre as duas. O que me traz um alivio, já que a história não cai no quase óbvio que eu iamginei que cairia. E é nesse momento onde o livro traz uma reflexão a respeito de como não só Hollywood, o entretenimento, as celebridades, ou todo esse contexto funcionam, mas também o mundo. Onde todo aquele que queira verdadeiramente alcançar as conquistas possíveis, ou desfrutar de tudo o que o mundo material oferece, é necessário que em um dado momento deixe de agir colocando os seu sentimentos e suas emoções na frente de suas decisões, e passe a interpretar um persongem para sobreviever, já que além disso, todo o restante do mundo não está interessado em seus sentimentos, mas em entretenimento que os distraia. Dramas, fofoca, beleza, glamour, polêmicas... e é nessa história iventada por ela mesma, que Evelyn se agarra, porque desde adoelscente percebeu que era a única maneira de uma imigrante cubana, orfã de pai e mãe, e  sensual, tinha como sobreviver em um sistema patriarcado, machista e fhipócrita, da América. E quando confrontada por Monique, cena essa onde a história me traz luz sobre um julgamento meu, e precipitado sobre Evelyn ser tão egoísta ao ponto de até no momento onde parece querer o perdão de sua entrevistadora e fazer o bem, usá-la para seus beneficios próprios. E essa é cena que me leva a fazer a comparação ao filme O Diabo Veste Prada, quando a personagem Emily discorda de Miranda quando essa faz uma observação de que vê a si mesma na assistente, e essa discoda que não, porque ela não seria capaz de fazer as coisas que sua chefe faz para garantir sucesso em seu trabalho.

E é uma resposta em um tom parecido que Evelyn da a Moniqque, dizendo que ela já fez isso a partir do momento que ela aceitou "trapaçear" a revista onde trabalhava, para ter a grande oportunidade de  sua carreira, ao revelar os segredos bombásticos de uma das maiores celebridades das últimas décadas. E é essa lição que a protagonista deixa não só  sobre Hollywood, ou esse meio, mas sobrem a vida, onde somos obrigados a interpretar vários personagens diariamente, a diversos tipos de pessoas e situações, como meio de sobrevivência. E essa reflexão me faz lembrar uma breve opinião que recentemente o influencer brasileiro Felipe Neto postou em suas redes sociais sobre suas impresões do livro: "Eu faria tudo igual.". Sim, ele faria  tudo igual, eu faria tudo igual, você faria tudo igual, poque é isso que as pessoas fazem, e é o que muitos que começarem entenderem como infelizmente o mudo, irão fazer. E é hipocrisia da parte de Monique se colocar numa posição de bondade ou vítima, e achar que Evelyn é uma vilã em sua história. Quando na verdade, todos nós estamos sempre fazendo coisas pensando em nossos próprios interesses. E que talvez, na hishtória de Evelyn, ela possa passar a imagem de uma esccrota, porque buscou sempre vôos mais altos, lugares mais privilegiados, e por isso transmita essa caracterisitica de grande vilã. Mas a verdade é que mesmo em vidas aparentemente medíocres, de escolhas medíocres, qualquer um de nós está dando pequenos passos rumo aos nossos próprios interesses, muitas vezes sem se importar com as consequências que virão para os outros, e principalmente para nós mesmos. 

Dito isso, os sete motivos para cohecer Evelyn Hugo, é que além de sedutora, ela é corajosa, focada, resiliente, amorosa, compreensiva, e humana. Esse último, é o que a faz ser mais especial que todas as suas caracterisicas. 

Os Sete Maridos De Evelyn Hugo teve seus direitos intelectuais comprados pela Netflix no ano passado, e só esse ano a plataforma de streaming anunciou que Leslye Headland (Boneca Russa) será resposável pela adaptação cinematográfica, sem data prevista de estréia, ou com elenco anuciado.

Rômulo, escritor

romuloodiretor@gmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas